A Procissão do Fogaréu atraiu milhares de pessoas à cidade de Goiás na madrugada desta quinta-feira (14). A tradição, que é feita a quase 300 anos, ficou suspensa por dois anos devido à pandemia do coronavírus. Um farricoco, figura que representa os soldados romanos, vestido com uma túnica preta simbolizou as vítimas da Covid-19.
A procissão marca o início das comemorações da Semana Santa e surgiu em 1745. Farricocos usando túnicas e máscaras coloridas representam soldados romanos em busca de Jesus Cristo, representado por uma bandeira com a imagem do filho de Deus.
Tradição há quase 300 anos, Procissão do Fogaréu atrai milhares de fiéis após dois anos suspensa pela pandemia
Celebração representa os últimos momentos da vida de Jesus Cristo até sua prisão e crucificação. Farricocos percorrem as ruas de pedra carregando tochas.
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À meia noite, as luzes da cidade são apagadas. As ruas de pedra são iluminadas por tochas carregadas pelos farricocos. Descalços, caminham a passos apressados pelo trajeto de 2 km.
A multidão acompanha o grupo formado por 45 homens. Ao longo do caminho, fazem pequenas paradas para encenações que contam os últimos momentos de Jesus.
“Eu fico nervoso, como se fosse o primeiro ano. No ensaio eu estava nervoso. Isso é um teatro para mostrar para o povo que Jesus sofreu por nós”, disse o coordenador de limpeza João Conceição.
O momento mais emocionante é a prisão de Jesus. O toque do clarim anuncia o fim da perseguição. O instrumento se torna o único som na cidade por alguns segundo, silenciando toda multidão.
“É um momento de reflexão da gente ver essa emoção da procissão, sentir isso nos nossos corações e pensar, acima de tudo, nesse homem que foi tão importante. Cada ano é um ano mais emocionante que o outro”, disse o servidor público Jonas Carlos Berquó.
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