Em operações realizadas ao longo do mês, a Polícia Civil apreendeu 13 toneladas de álcool gel fabricado de forma clandestina na Região Metropolitana de Goiânia. Duas pessoas foram presas em flagrante durante este período, mas estão soltas para responder em liberdade após liberação judicial.
A última grande apreensão aconteceu na semana passada, quando policiais fecharam uma fábrica sem autorização no Residencial Solar Park, em Aparecida de Goiânia. Junto à Vigilância Sanitária municipal, os agentes encontraram 8 toneladas do produto e mais oito pessoas trabalhando no local. A polícia suspeita que o dono da fábrica usava etanol combustível na preparação do álcool gel.
"A gente suspeita que o álcool utilizado era o etanol, o que é proibido, porque encontramos notas fiscais mostrando que o dono adquiria grandes quantidades para fazer o álcool gel.
Havia risco de explosão, tendo em vista que eram oito toneladas do produto, grande quantidade de material inflamável que estava em condições totalmente inadequadas e colocando em risco a vida de oito colaboradores da empresa e dos vizinhos", explica o delegado Rodrigo Godinho.
Segundo o delegado, o Instituto de Criminalística ainda elabora um laudo com a composição utilizada no álcool gel apreendido. A fábrica ainda não oferecia extintor de incêndio, como reforça o investigador, e a estrutura era precária, sem limpeza e higienização adequadas.
O delegado Gylson Mariano, da Delegacia Estadual do Consumidor (Decon), informa que ocorreram apreensões em mais seis bairros da capital: Setor Bueno, Conjunto Riviera, Setor Leste Vila Nova, Jardim Petrópolis - onde os agentes recolheram três toneladas, Setor Pedro Ludovico e Parque Amazônia.
Os suspeitos podem ser indiciados por crime contra a saúde pública. Se condenados, podem pegar de 4 a 8 anos de prisão.
As apreensões foram contabilizadas entre 17 de março e 24 de abril. Mariano explica que outras apreensões estão sendo registradas e a quantidade de produto falsificado pode aumentar consideravelmente.
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