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Foto do escritorEstadão Goiano

Coronavírus: Técnica utilizada em pulmões artificiais quadruplica a capacidade de respiradores.


Uma pesquisa realizada por professores do Instituto Federal de Goiás (IFG) de Senador Canedo e do Instituto Federal Goiano (IF Goiano) de Trindade, por meio de pulmões artificiais, revelou que até quatro pacientes que estão em tratamento contra o coronavírus podem ser conectados pelo mesmo respirador. A única exigência é que as pessoas tenham um quadro clínico similar.


A ideia é que os pacientes possam ser mutuamente tratados sem que faltem respiradores. Para isto, o equipamento tem diferentes conexões em suas tubulações para que possa ser ligado a mais de uma pessoa.

De acordo com um dos pesquisadores e professor do IFG Wesley Pacheco Calixto, de 48 anos, a pesquisa foi realizada com pulmões semelhantes aos de seres humanos. A equipe aguarda um aval da Equipe de Saúde Oficial para a validação do tratamento em pacientes. “Foi testado em simulação com pulmões artificiais. Esse teste em pacientes vai acontecer na hora da necessidade, que não tiver mais nenhuma opção", avalia o pesquisador. Wesley alerta que, para o respirador ser usado de forma compartilhada, é necessário que os pacientes estejam no mesmo nível de gravidade para que o respirador tenha efeito e não prejudique ninguém.

“É necessário que o equipamento esteja acertado os parâmetros do pior paciente, porque só existe um respirador funcionando para três, quatro pessoas. Então, os parâmetros que são acertados nesse respirador têm que ser do pior paciente”, afirmou Wesley Pacheco. O professor explica ainda que a técnica permite que "o ar que sai de todos os pacientes que estão conectados não contamine o ambiente onde essas pessoas estão, até mesmo para que a equipe médica não seja contaminada".

Conforme o pesquisador, este respirador funciona como os outros. Assim, os médicos serão capazes de utilizá-lo normalmente. No entanto, Wesley ressalva que os hospitais precisam se equipar para quadruplicar a potência. Ele afirma que é possível encontrar os objetos e equipamentos no mercado.

"Os hospitais precisam comprar mais filtros, mais traqueias compridas para serem conectadas aos pacientes que vão estar em macas, mais "Y" (cano de máquina duplicado), mais macas e a metodologia para a conexão desses pacientes", completou.

Apesar de a técnica poder salvar vidas, os pesquisadores esperam que ela não seja utilizada pelos profissionais. “Se não for necessário, é sinal de que a quantidade de respiradores foi suficiente para todos os pacientes que necessitaram”, concluiu.

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