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Foto do escritorEstadão Goiano

Aulas são dadas virtualmente, mas internet limitada e dificuldade de manter rotina são desafios.


Durante o período de pandemia da Covid-19, as aulas presenciais estão suspensas para evitar a propagação da doença. Para que os estudantes não fiquem prejudicados, professores estão se adaptando e usando meios digitais para passar o conhecimento, em Goiás. No entanto, internet limitada e dificuldade de alunos em manter uma rotina estão entre os desafios desse novo modelo de ensino.


Em Goiânia, as aulas foram suspensas no dia 17 de março. O calendário não sofreu alteração e a Secretaria Municipal de Educação ainda planeja como será feita a reposição.

Já na rede estadual, os alunos estão sem ir à escola desde o dia 18 do mesmo mês. A Secretaria Estadual de Educação informou que as atividades que estão sendo feitas por meios digitais contam como aulas letivas, então o calendário não foi interrompido.

A professora Adna Belo da Cruz, de 42 anos, trabalha na rede estadual de ensino e também na municipal, em Aparecida de Goiânia. Ela usa desde de aplicativo de mensagens a gravação de vídeos e plataformas desenvolvidas para o ensino.

“No município, eu dou aula para o 1º ano, são alunos pequenos, então eu dependo totalmente do apoio dos pais. Eu montei um grupo no Whatssapp e passo o roteiro de atividades, faço o apoio e tiro as dúvidas. As crianças já têm os livros para fazer as tarefas”, disse. Professora há 21 anos, Adna conta que é comunicativa, mas não se sente tão à vontade diante das câmeras. Porém, durante esse período de pandemia, ela acaba enfrentando essa barreira e até grava aulas com outras professoras para disponibilizar aos alunos.

Todo conteúdo é postado em uma plataforma da Secretaria Estadual de Educação. Porém, existem alguns desafio ao longo desse processo.


“Apesar de todo apoio da família, sei que alguns pais não conseguem desempenhar aquilo que é proposto, pois, de fato, essa é a minha função enquanto professora. Apesar de muitas famílias se disporem a ter esse momento com os filhos, as vezes falta a questão de uma boa internet ou os dados móveis acabam”, contou.


As aulas acontecem no mesmo período em que os alunos estudavam presencialmente. Porém, ficando muito tempo em casa, alguns alunos começam a ter dificuldade de manter a rotina dos estudos.


“As aulas começam às 7h, mas alguns alunos só acordam às 10h. Então, aquele conteúdo que já foi dado ficou acumulado, ele vai ter que procurar os professores em outro momento”, pontuou.


Sistemas de Educação

Durante esse período de isolamento social, algumas escolas fazem transmissão de aulas gravadas usando aplicativos de conferências. Outras mantém o costume de tocar a sirene para avisar aos alunos sobre o início e fim das atividades.


O governo também tem um portal de conteúdo criado para disponibilizar as aulas e outros conteúdos de apoio. Além disso, foram elaboradas aulas que são transmitidas ao vivo por rádio e TV.


Para os alunos que têm dificuldade de acesso às aulas por meios digitais, existe também a entrega de materiais impressos, como apostilas, listas de exercícios e roteiros de estudo. Os pais podem ir às unidades escolares com horário agendado, mantendo as exigências sanitárias como uso de máscara, e buscar o material.


Em outras situações, professores ou servidores vão até a casa dos alunos e as atividades e apostilas podem ser enviadas até mesmo pelos ônibus que fazem o transporte escolar nas cidades do interior.


Já na rede municipal de Goiânia, os conteúdos também são disponibilizados online em uma plataforma desenvolvida para fornecer atividades complementares, que são divididas em temas. Além disso, na segunda-feira (18) estrearam as aulas que são transmitidas pela televisão e rádio para os alunos com dificuldade de acesso à internet.

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